quinta-feira, 24 de março de 2011

O caso Genie e a ganância do ser humano


 Independente do meio em que vivemos, somos emocionalmente mal educados. Trazendo para o X da questão, isso significa que ao invés de caminharmos juntos com a finalidade de unir o conhecimento das suas múltiplas abordagens sobre determinados temas, o fragmentamos cada vez mais, na eterna busca por vaidades e títulos cada vez mais minuciosos e que só o fazem por frivolidades (sob o ponto de vista evolução do conhecimento) e por premiações ao ego.
Isso se torna extremamente palpável na atual imposição de ensino do governo.
As pesquisas vêm sendo cobradas, pelo menos no Brasil, de maneira quantitativa, independente da qualidade e da relevância dos temas para as populações a que serão destinados os produtos advindos desses resultados das pesquisas. Espera-se apenas que o pesquisador, mantenha seu rendimento quantitativo de publicações sobre temas cada vez mais minuciosos que com freqüência vem gerando relativismos acentuados e não caminham para lugar algum. Mantendo esse rendimento, os recursos dos programas de incentivo à pesquisa chegam com incrível facilidade.

Por que não questionar esse método? Por que não debater sobre esses temas? Por que não refletir sobre isso? Isso gera frenesia por parte dos pesquisadores e induz uma produção de conhecimento massivo que por vezes é desnecessário para a comunidade.

Podemos observar nitidamente a ganância e o nível de aspiração das pessoas envolvidas na pesquisa da Genie. Mesmo dizendo que a amavam, era nítido que tinham como objetivo secundário a saúde da menina. Sempre creditando maior importância às pesquisas. O que é certo ou errado, não nos cabe julgar. Acredito somente que em embates como esse se torna muito difícil haver concordâncias em relação ao que deve ser feito, seja na parte da pesquisa ou mesmo priorizando a saúde da menina. E o que seria certo para a saúde da menina? 

Uma lacuna ainda não respondida é se a menina ja possuía deficiência ou se foi adquirida. Isso gera um embate muito grande na comunidade científica.
Um caso que não foi reportado é citado por Charles Darwin em seu livro intitulado como: ''The Origin of Species by means of Natural Selection'', provém do livro também de Darwin intitulado como: "A viagem do Beagle''. Ele cita que em sua viagem a bordo do Beagle, encontraram uma tribo onde haviam crianças selvagens. E um dos objetivos da comunidade Católica, era de recrutar esses selvagens para ensinar-lhes os valores sustentados pela Igreja Católica. A igreja acreditava que conseguiria domar até o coração do homem mais selvagem de todos. Levaram 3 crianças em troca de alguns utensílios básicos e lhes ensinaram os valores que pregavam. As crianças aprenderam a usar garfos, a banhar-se, a ler alguma ou outra coisa; a saudar pessoas importantes e até foram apresentadas ao Rei e a Rainha da Inglaterra e chegaram a conclusão de que de fato, esses valores poderiam domar o coração de um selvagem. Ao voltar para o contexto da tribo com as crianças, os católicos achavam que elas tentariam convencer as outras de que seria melhor saír da vida selvagem para uma criação mais formal. As crianças chegaram e...? 
Com certeza se despiram e se jogaram na lama de volta... 

Quanto ao embate Genética x Meio ambiente, eu irei apenas reiterar meu pensamento. 
Genética + Meio ambiente = Produto final


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