quinta-feira, 19 de maio de 2011

AS FASES SEGUNDO PIAGET


§  SENSÓRIO MOTOR e PROJETIVO: (1 a 3 anos) Conhece o mundo pelos órgãos do sentido. Caracteriza-se pela investigação e exploração da realidade exterior bem como pela aquisição da aptidão simbólica e pelo início da representação. Neste momento a inteligência dedica-se  à construção da realidade. Atividade circular: coordenação mútua dos campos sensoriais e motores, possibilitando um ajustamento do gesto ao seu efeito, o que refina os progressos da preensão, da percepção e da linguagem. – Quanto as possibilidades práticas: ampliadas pela novidade da marcha e da linguagem, favorecem portanto a atuação da criança em relação ao mundo que a rodeia e, ao mesmo tempo alargam sua referência de si mesma.
Inteligência prática ou inteligência das situações: é estabelecida através das relações no espaço sensório motor, isto significa que a criança é capaz de perceber e fazer combinações o que pressupõe a intuição das relações voltadas para a ação imediata, em um espaço concreto e delimitado e em um tempo presente.
Símbolos: segunda etapa do estágio “etapa projetiva” que caracteriza a forma do funcionamento mental da criança: o ato mental projeta-se em atos motores. Necessita d auxílio dos gestos para exteriorizar seus pensamentos.
Dois momentos projetivos: - a imitação, que inicialmente usa o modelo e depois passa a explorar os objetos se libertando da relação afetiva; - o simulacro caracteriza-se pelo exercício do pensamento apoiado em gestos.
Função simbólica: representação do real, estabelecimento de significados para as representações, possibilidade de lidar com os objetos não só de maneira concreta, mas também através de gestos simbólicos.

§  PRÉ OPERACIONAL: (2 – 7 anos) Capacidade de interpretação. A criança tem representações mentais e pode fingir, é uma etapa curta ao isso dos símbolos.

Um símbolo é uma coisa que representa algo mais. Um desenho, uma palavra escrita, ou uma palavra falada vêm ser compreendidos como a representação de um cão real.
A criança é completamente egocêntrica durante este estágio, isto é, vê coisas consideravelmente muito de um ponto de vista: seus próprios! As conversas das crianças também revelam seu egocentrismo, como um menino demonstrou: “você tem um irmão?” “tenho” “como ele se chama?” “Jean” “O Jean tem irmão?” “Não”.
Para uma criança de 5 anos, a quantidade de água que é “demais” num copo alto e fino pode se tornar aceitável se despejada num copo baixo e largo. Considerando que nos dois copos foi usado o mesmo volume de água. Isso acontece porque a criança focaliza apenas a dimensão de altura e é incapaz de efetuar a operação de despejar a água de volta mentalmente.
A criança deste estágio:
Ø  É egocêntrica;
Ø  Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é a fase dos “por quês”);
Ø  Já pode agir por simulação, “como se”;
Ø  Possui percepção global sem discriminar detalhes;
Ø  Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

§  OPERAÇÕES CONCRETAS: (7 – 11 anos) Organismo versus meio. Situação de experimentação entre a criança e o meio. É mais detalhista.
Observa-se a capacidade de solucionar problemas. O pensamento da criança torna-se lógico, no sentido de que pode ser observada a reversibilidade. Este comportamento só acontece com problemas que são concretos.
Ø  Conservação: compreensão de que, se nada é acrescentado ou retirado de um objeto, esse permanece o mesmo, embora possa sofrer mudanças na sua aparência. Esse conceito é adquirido gradualmente, e sempre na mesma ordem: número, massa, líquido, peso e volume.
Ø  Seriação: capacidade de classificar itens em maior ou menor. Envolve a disposição de coisas em ordem por tamanho, peso e volume
Ø  Classificação: ato de agrupar por similaridade. Fazem parte da classificação:
- Transitividade: crianças operacionais concretas com o conhecimento de transitividade utilizam a lógica: se 3>2 e 2>1 então 3>1.
- Inclusão de classes: conseguem ter a noção de que, por exemplo, o número 4 faz parte do conjunto 1-9.
Ø  Egocentrismo: No estágio operacional concreto as crianças apresentam uma dificuldade em diferenciar entre o que se percebe e o que se pensa. Quando a criança cria uma hipótese sobre alguma coisa e as evidências não dão suporte para a crença, em vez de mudar a hipótese para adequá-la a evidência (como fazem os adultos) ela reinterpreta os fatos para adequá-los a hipótese.
Ø  Sociocentrismo: procura de validade para o próprio pensamento
A evolução do egocentrismo para o sociocentrismo se da através da interação com os colegas.


§  OPERAÇÕES FORMAIS: (11 – 15 anos) Caracteriza o pensamento adolescente.
É a capacidade de pensar além da realidade concreta. Para o pensador formal, a realidade concreta é apenas uma das possibilidades para o pensamento. Neste estágio a criança pode pensar, abstrações na matemática ou metáforas na literatura, em conceitos abstratos como ética, amor e justiça.
Ø  Raciocínio lógico: um provérbio PE um dito comum curto que expressa alguma verdade óbvia ou experiência conhecida. Por exemplo: “quem tem telhado de vidro não deve jogar pedras”. Uma explicação operacional concreta seria que pessoas que vivem em uma casa com telhado de vidro não joga pedras por que o telhado irá quebrar, enquanto uma explicação operacional formal seria que as pessoas não devem criticar os outros sem olhar primeiro para si. Pensadores operacionais formais podem construir hipóteses contrárias aos fatos e também podem separar o processo de raciocínio do conteúdo específico, o que lhes possibilita resolver muitos problemas desse tipo. As operações formais podem ser resumidas em 3 características distintas:
1)    Capacidade de gerar múltiplas hipóteses;
2)    Capacidade de verificar todas as soluções possíveis de forma sistemática;
3)    Capacidade de operar com operações.
Ø  Pensamento em possibilidades: Enquanto pensadores operacionais concretos só conseguem derivar uma solução para um problema que poderia ter várias soluções, pensadores operacionais formais podem gerar muitas soluções. Quanto mais possibilidades existirem para o pensamento operacional formal, mais sistemática em vez de tentativa e erro, tem de ser a abordagem para testar as hipóteses.
Ø  Pensamento científico ou sistemático: pensadores operacionais formais aplicam as mesmas regras a problemas hipotéticos que aplicariam a problemas concretos ou reais. Eles desenvolveram uma abordagem sistemática para a resolução de problemas “operar com operações”
Ø  Egocentrismo: nesse estágio a forma de egocentrismo é que o adolescente tem dificuldade para diferenciar entre seus pensamentos e a realidade no mundo.

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